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Errei sim, mas a culpa foi sua!




Eu não erro! Talvez você, em algum momento, já tenha ouvido essa nada nobre frase: O que mais tem hoje são pessoas que gostam de colocar a culpa nos outros. Falar que a culpa é de fulano, é de sicrano é fácil. Duro é assumir a danada da besteira, bater no peito e dizer: “A culpa foi minha, mas aprendi a lição, e não acontecerá de novo.”
 Todos erram, errar como já diz o velho ditado é humano. Assumir o erro não causa vergonha, é sinal de aprendizado, de crescimento, de fibra, de camaradagem. Agora, colocar a culpa nos outros é demonstração de falta de vergonha, incompetência, egoísmo e, principalmente, de fraqueza e despreparo. Em uma equipe, a culpa primeiramente é de quem comanda; afinal essas pessoas estavam sob a responsabilidade de alguém, depois pertence a todos: aos que executaram e fizeram errado, porque deveriam ter questionado mais; aos que presenciaram e não se manifestaram e aqueles que sabiam que algo estava sendo feito errado e permaneceram em silêncio só para depois ter o prazer de criticar o que foi concretizado. Equipe diz respeito a vários e não apenas um. Quanto mais pessoas comprometidas com o que está sendo realizado, menos chances de resultar em erros.
            Tenho convicção de que melhor é o erro por ação do que por omissão. Erros fazem parte da escola da vida, mas temos que ter consciência que precisamos sempre evoluir com cada desacerto. Aprender com os nossos erros é inteligente, mas muito mais louvável é aprender com os erros dos outros. Pena que poucos consigam fazer isso.
Muitas vezes nos alertam que determinada situação não dará certo; nós além de não ouvirmos, ignoramos e depois voltamos com aquela carinha de quem comeu e não gostou, sem querer entregar os pontos e dizer que estavam certos.
            Por que relutamos em entender que as pessoas com mais idade, que podemos traduzir como experiência, estão certas? Não existe segredo. Existe experimentação, eles fizeram e não deu certo, por isso nos avisam. Quando somos informados de um erro eminente temos duas opções: A primeira é analisar muito bem o que foi feito e como, para encontrarmos onde está o ponto que precisa ser reavaliado para que o mesmo não aconteça novamente. E a segunda e mais drástica: caso não encontremos como o erro poderá ser evitado, faz se necessário mudar totalmente a idéia ou estratégia.  
            Se você tem a curiosidade de saber onde pessoas e empresas perdem mais tempo e dinheiro, saiba que é justamente refazendo o trabalho, arrumando, consertando, fazendo pela segunda ou terceira vez algo que alguém teria que ter feito muito bem na primeira.
Podemos  ter muitos defeitos, e temos, porque somos falhos. Mas não devemos ser hipócritas. Erraremos sim e,  em seguida, reconheceremos e não nos acomodaremos com o erro, porque nosso escopo é a ascensão contínua, sempre em direção ao cume. Uma viagem longa que nos leva para montanhas cada vez mais altas e sempre existirá uma mais alta ainda, quanto mais nos preparamos para os desafios, maiores montanhas vislumbramos. Permaneça subindo e quando estiver alto, tenha a humildade necessária para compreender que, apesar de não estar vendo, existem lugares muito mais altos e continue sua subida. Para que não seja instruído pela dura e verdadeira frase que aprendi com o professor Nailor Marques: “Quem pensa que está no topo, só resta à queda.”



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