Pular para o conteúdo principal

O Poder da lingua


O PODER DA LÍNGUA


Por volta do ano 2000 antes de Cristo, um mercador grego, rico, queria dar um banquete com comidas especiais. Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor iguaria. O escravo voltou com belo prato, coberto com fino pano. O mercado removeu o pano e assustado disse:

- Língua? Este é o prato mais delicioso?

O escravo sem levantar a cabeça, respondeu:

- A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que você pede água, diz “mamãe”, faz amizades, conhece pessoas, distribui seus bens, perdoa. Com a língua, você conquista, reúne as pessoas, se comunica, diz “meu Deus”, ora, canta, conta histórias, guarda a memória do passado, faz negócios, diz “eu te amo”.

O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria do seu escravo e o enviou novamente ao mercado, ordenando-lhe que trouxesse o pior dos alimentos. Voltou o escravo com lindo prato, coberto por fino tecido, que o mercador retirou, ansioso, para conhecer o alimento mais repugnante.

- Língua, outra vez! Diz o mercador, espantado.

- Sim, língua, diz o escravo, agora mais altivo. É a língua que condena, separa, provoca intrigas e ciúmes. É com ela que você blasfema e manda para o inferno. A língua expulsa, isola, engana o irmão, responde para a mãe, xinga o pai...

A língua declara guerra! É com ela que você pronuncia a sentença de morte.

Não há nada pior que a língua, não há nada melhor que a língua.

Depende do uso que se faz dela.


“A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero” Tiago 3:8

“Honroso é para o homem o desviar-se de contendas, mas todo insensato se mete em rixas” Provérbios 20:3

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Homem forno elétrico e Mulher fogão à lenha

Costumo falar muito de relacionamentos em minhas palestras, principalmente entre marido e mulher. Se um dos dois não sai bem de casa, como poderá ficar feliz no trabalho? O bem-estar começa em casa, quem não consegue interagir bem no lar com a pessoa que ama ou pelo menos algum dia amou, como vai fazer para no trabalho se relacionar com várias pessoas, diferentes, nos hábitos, nos gostos, nas conversas e primordialmente nas prioridades? O que significa muito para um pode não significar nada para o outro e vice-versa. Friedrich Nietzsche filósofo alemão, dizia que devemos nos casar com uma pessoa de que gostamos muito de conversar, pois, com o passar dos anos, é a única coisa que restará, a boa conversa. Mas voltando ao título do nosso artigo e relacionando-o à vida sexual do casal, o homem é igual ao fogão elétrico. Por quê? Vou explicar: Girou o botão e ele “traaaaaaa”, pegou, já está aceso. Girou o botão “traaaaa”, super aceso. Pelo menos até certa idade isso é verídico, cla

Dicas sobre relacionamentos

Nunca se justifique para ninguém. Porque a pessoa que gosta de você não precisa que você faça isso, e quem não gosta não acreditará. Não deixe que alguém se torne uma prioridade em sua vida, quando você é somente uma possível opção na vida dessa pessoa. Relacionamentos funcionam melhor quando são equilibrados. De manhã quando você acorda, você tem simplesmente duas opções: voltar a dormir e a sonhar ou levantar e correr atrás dos seus sonhos. A escolha é sua. Nós fazemos chorar aqueles que cuidam de nós. Nós choramos por aqueles que nunca cuidam de nós. E nos cuidamos daqueles que nunca vão chorar por nós. Essa é a vida, é estranho, mas é verdade. Uma vez que você entenda isso, nunca será tarde demais para mudar. Não faça promessas quando você estiver alegre. Não responda quando você estiver triste.  Não tome decisões quando você estiver zangado. Pense duas vezes. Seja inteligente. O tempo é como um rio. Você nunca poderá tocar a mesma água duas vezes, porque a água qu

Comunicação

Diz a lenda que Rui Barbosa [1] , ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe: - Oh, bucéfalo [2] anácrono [3] ! Não o interpelo pelo valor intrínseco [4] dos bípedes [5] palmípedes [6] , mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito [7] da minha habitação, levando meus ovíparos [8] à sorrelfa [9] e à socapa [10] . Se fazes isso por necessidade, transijo [11] ; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia [12] de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica [13] bem no alto da tua sinagoga [14] , e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada. E o ladrão, confuso, pergunta: - Doutor, eu levo ou deixo os patos? [1] Rui Barbosa, advogado, jornalista, jurista, polític